terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Aurora

Tu tens horror de mim, bem sei, Aurora,
Tu és o dia, eu sou a noite espessa,
Onde eu acabo é que o teu ser começa.
Não amas!... flor, que esta minha alma adora.

És a luz, eu a sombra pavorosa,
Eu sou a tua antítese frisante,
Mas não estranhes que te aspire formosa,
Do carvão sai o brilho do diamante.

Olha que esta paixão cruel, ardente,
Na resistência cresce, qual torrente;
É a paixão fatal que vem da sorte,

É a paixão selvática da fera,
É a paixão do peito da pantera,
Que me obriga a dizer-te «amor ou morte»!

2 comentários:

Carla disse...

Um brinde a ti!!!

Anónimo disse...

um brinde aos amores : ))